Michele Collins contesta decreto que exige vacinação para fiéis de templos e igrejas em Pernambuco

Michele Collins contesta decreto que exige vacinação para fiéis de templos e igrejas em Pernambuco

Na reunião Ordinária virtual da Câmara do Recife dessa terça-feira (28), a vereadora Michele Collins (PP) demonstrou indignação por conta do novo decreto de nº 51.446 do governo de Pernambuco publicado nesta segunda-feira (27), que determina a apresentação de comprovante vacinal ou resultado negativo da covid-19 para a entrada em templos religiosos. A parlamentar apontou que a determinação “fere o princípio de liberdade religiosa”.

“Para entrar em shopping e supermercado a restrição não acontece, por que para os templos é preciso fazer isso? O que a gestão tem contra os religiosos e os templos? Estou completamente insatisfeita, incomodada, inquieta com esta atitude. Sou totalmente a favor do uso de máscara, álcool e da vacina, mas é inadmissível que as pessoas sejam obrigadas a apresentar o comprovante de vacinação. E quem por algum motivo não se vacinou ainda?”, ponderou. 

A parlamentar ressaltou que o decreto foi publicado, “mas ainda não está regulamentado”. “Ainda tem brechas, e que possa haver sensibilidade para as igrejas que estão cumprindo todos os protocolos sanitários, com máscara, espaçamento entre as pessoas, álcool em gel, todos os critérios. Coisa que a gente já não está vendo em muitos lugares, mas as igrejas continuam cumprindo. Quero deixar a minha indignação, insatisfação com o gesto do governo. Um teste de Covid 48 horas antes do culto? Quem vai custear isso? É inviável”, pontuou. 

O vereador Felipe Alecrim (PSC) também demonstrou indignação ao comentar o novo decreto do Estado, e contestou se a mesma atitude será tomada em outros âmbitos. “O Governo precisa responder se vai emitir algum decreto para acabar com ônibus lotado, praias lotadas, casas lotéricas e bancos lotados. Vai haver um decreto como esse para as pessoas poderem brincar o carnaval do ano que vem? Estou curioso para ver o comportamento do Governo quando chegar o período de festividades. Sou totalmente a favor das orientações para se combater a covid-19, mas não se pode tolher a liberdade das pessoas de participarem das missas e cultos”, ironizou. 

Foto: divulgação.

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