Alcides Cardoso propõe calendário de monitoramento das obras do Parque das Graças durante audiência pública virtual

Alcides Cardoso propõe calendário de monitoramento das obras do Parque das Graças durante audiência pública virtual

O vereador Alcides Cardoso (DEM) mediou, na tarde desta quinta-feira (22), a Audiência Pública Virtual Parque das Graças, cujo objetivo foi apresentar os detalhes do projeto à população, e sugeriu a criação de um calendário de monitoramento das obras, iniciadas pela Prefeitura do Recife (PCR), no último mês de março, às margens do rio Capibaribe em um trecho entre as pontes da Torre e Capunga.  

“Cumprimos o nosso papel constitucional de convocar o poder público para apresentar o projeto à população e esclarecer dúvidas, tendo em vista o alto volume de recursos públicos investido, R$ 43 milhões, e o início das obras”, declarou Alcides Cardoso. “O cronograma de monitoramento é uma forma de conferir o respeito ao meio ambiente e aos padrões exigidos pela legislação”, pontuou.  

Além de vereadores da Câmara Municipal, a audiência teve a participação de representantes de secretarias e órgãos da PCR, como Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI), Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Política Urbana, Autarquia de Urbanização do Recife (URB) e Gabinete de Projetos Especiais (PCR), de órgãos responsáveis pela criação do projeto, como a Rede Inciti/UFPE – Pesquisa e Inovação, e da sociedade civil, a exemplo da Associação de Moradores Por Amor às Graças.

Durante o encontro, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Rafael Dubeux, apresentou um vídeo com informações e perspectivas virtuais do Parque das Graças, uma das etapas do Parque Capibaribe, e destacou que o projeto pretende transformar a cidade do Recife. “O Parque das Graças é uma importante etapa que, a longo prazo, vai interligar 44 bairros, reconciliando a natureza com a cidade e a população”, disse.

Idealizado em 2013, o Parque das Graças, antes chamado Via Parque, passou por três licitações públicas, entre 2016 e 2020. O projeto teve a obra iniciada, mas sofreu duas paralisações, sendo a primeira após a desistência do consórcio vencedor, e a segunda para adaptações à proposta inicial. Já o orçamento variou entre R$ 54,5 milhões (no início, caindo para R$ 26,5 milhões), R$ 36 milhões na segunda versão, e R$ 43 milhões na terceira.

Questionamentos – Além das três licitações, o projeto tem sido alvo de muitos questionamentos nas últimas semanas, após denúncias feitas por veículos de comunicação e nas redes sociais quanto à supressão (retirada) da vegetação nativa e de mangue, em um trecho de quase 500 metros da margem do rio Capibaribe, entre as pontes da Torre e Capunga. As queixas também recaíram sobre a aparição de capivaras em avenidas de grande circulação de veículos.

Sobre as questões relativas ao impacto ambiental causado pelas obras no habitat natural de animais e vegetação, os participantes da audiência pública responderam perguntas distintas do público que acompanhou o evento pelo canal da Câmara Municipal na plataforma YouTube. Para o democrata, o projeto, assim como as demais etapas do Parque Capibaribe, precisa atender todas as exigências da legislação, principalmente em relação ao meio ambiente.

De acordo com Alcides Cardoso, que é membro da Comissão de Planejamento Urbano e Obras da Câmara Municipal do Recife, a interação gerada na audiência pública foi uma demonstração clara de que o debate cumpriu o papel democrático de esclarecer as dúvidas à população.  “Esse debate foi e sempre será importante para o bem da população, do meio ambiente e da sustentabilidade da nossa cidade. Meu dever também é o de fiscalizar as ações e gastos Prefeitura, mas serei favorável aos projetos que sejam benéficos para a cidade e o povo recifense”, reafirmou.

Foto: Phillipe Jonathan

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