A pesquisa do Datafolha mostrou uma tendência de crescimento de João Campos (PSB) na reta final da campanha, em detrimento de Marília Arraes (PT).
Na última semana, a campanha de João Campos centrou ataques a pontos frágeis da candidata Marília Arraes, que tem como ponto central o medo do retorno do PT ao comando do Recife.
Apesar de ambos os partidos estarem envolvidos em escândalos de corrupção, João Campos soube explorar melhor os fatos novos acerca da sua adversária, principalmente as denúncias de funcionárias fantasmas que ela teria mantido no gabinete de vereadora, que passaram novamente a ser alvo do Ministério Público.
A campanha do PSB também centrou críticas às posturas anti-cristãs que Marília Arraes já defendeu no passado, como a retirada da obrigatoriedade da presença da Bíblia na Câmara do Recife e a proibição da pronúncia do nome de Deus na Casa José Mariano. Neste quesito, foi fundamental o testemunho da vereadora Missionária Michele Collins (PP), que presenciou a atuação de Marília Arraes como vereadora.
Outro ponto que não pegou bem foi o apoio do líder estadual do MST, Jaime Amorim, a Marília Arraes. O eleitorado de direita mostrou que tem verdadeira ojeriza à presença desse movimento na capital, o que gerou uma série de críticas nas redes sociais.
Todos esses quesitos foram bem trabalhados pela campanha de João Campos, o que fez com que eleitores de direita deixassem o histórico esquerdista do candidato socialista em segundo plano. Resta saber se, faltando mais dois dias para o dia da eleição, João Campos conseguirá virar o jogo para ser o próximo prefeito do Recife.
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