Apenas metade da população do Recife aprova gestão de João Campos

Apenas metade da população do Recife aprova gestão de João Campos

Por Blog do Magno: Pesquisa do Instituto Opinião, de Campina Grande (PB), em parceria com este blog, sobre a avaliação do primeiro ano da gestão de João Campos (PSB), no Recife, aponta um cenário bem diferente dos levantamentos anteriormente feitos. A aprovação não é de 74%, como divulgado. A soma de ótimo e bom é de apenas 35% – 29% de bom e 6% de ótimo. Já o resultado da desaprovação – a soma de ruim e péssimo – é de 19%, enquanto 39%  julgam regular.

Quando o entrevistado é forçado a responder se aprova ou desaprova, a avaliação melhora um pouco, mas longe ainda de atingir 74%. Chega a 53% contra 31% de desaprovação, enquanto 16% não souberam responder ou se recusaram. No geral, o quadro é muito ruim para o prefeito. Quando é feita a pergunta se a desigualdade se reduziu ou aumentou na gestão dele, 42% disseram que aumentou, 42% afirmaram que continua igual e apenas 12% disseram que foi reduzida.

Ainda na avaliação por setores, o da Saúde piorou para 43% dos entrevistados e continua igual para 34%. Entre os que acham que melhorou, a soma é de apenas 20%. Quanto aos moradores de rua, outra promessa dele, 37% disseram que continua igual, 31% afirmaram que piorou e apenas 22% disseram que melhorou. No item morros, o julgamento da população também é negativo.

Entre os entrevistados, 43% disseram que os morros continuam sendo tratados da mesma forma, inadequada, 25% afirmaram que piorou e apenas 20% acham que melhorou. Na questão das palafitas, 40% disseram que não houve nenhuma mudança, 24% afirmaram que piorou e 22% avaliaram que melhorou. O instituto Opinião sondou a população ainda sobre a temática mobilidade urbana.

Para 39% dos entrevistados não houve nenhuma mudança, 33% disseram que piorou e apenas 24% acham que houve alguma melhora. Quando comparada a gestão atual com a do ex-prefeito Geraldo Júlio, quase metade da população afirmou que não houve mudanças e 11% afirmaram que mudou para pior, enquanto 34% acham que mudou para melhor. No quesito confiança, 52% disseram que confiam na pessoa de João Campos e 37% afirmaram que não confiam, enquanto 11% não quiseram ou não souberam responder.

Um dado que chamou atenção na pesquisa é a opinião do recifense em relação ao fator experiência de gestão. Quase metade dos entrevistados disseram que acham o prefeito inexperiente e 40% afirmaram ser experiente, enquanto 10% não responderam. Outro item preocupante para o prefeito está no discernimento da população quanto ao futuro do Recife. Dos entrevistados, 48% disseram que a cidade está parada, sem grandes obras e investimentos, enquanto 31% disseram que a cidade está andando para frente e outros 18% acham que está andando para trás.

O PIOR 

Quando os entrevistados também se manifestam sobre o pior prefeito do Recife, Geraldo Júlio e João Costa aparecem empatados, com 15% das citações, seguido por João Campos, com 8%, João Paulo, com 7% e Jarbas Vasconcelos, com 2%. 

Estratificando a pesquisa, as melhores taxas de avaliação da gestão de João Campos se encontram entre os eleitores com grau de instrução até o nono ano (57,9%), entre os eleitores com renda familiar até dois salários (57%) e entre os eleitores jovens, na faixa etária de 16 a 24 anos (54%). Já as piores avaliações estão entre os eleitores na faixa etária de 24 a 34 anos (34%), entre os eleitores com grau de instrução superior (34%) e entre os eleitores com renda familiar entre cinco e dez salários (34%). 

A pesquisa foi a campo entre os dias 22 e 23 de janeiro, sendo aplicados 800 questionários. O intervalo de confiança estimado é de 95,0% e a margem de erro máxima estimada é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. A modalidade de pesquisa adotada envolveu a técnica de Survey, que consiste na aplicação de questionários estruturados e padronizados a uma amostra representativa do universo de investigação. Foram realizadas entrevistas pessoais (face a face) e domiciliares.

Foto: divulgação/Rodolfo Loepert/PCR

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