Cabo inicia mutirão de combate ao mosquito da dengue, zika e chicungunha

Cabo inicia mutirão de combate ao mosquito da dengue, zika e chicungunha


Os agentes de Vigilância em Saúde do Cabo de Santo Agostinho iniciaram, na Charnequinha, um mutirão de inspeção, tratamento e educação da população  para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya. 

A ação terá continuidade nesta quarta (26) no bairro de São Francisco. Na quinta (27) e na sexta (28) os agentes visitam as casas dos moradores de Pista Preta e Sapucaia. O mutirão de conscientização continua na semana que vem. Na segunda (31) estará em Pirapama e depois segue para outras localidades.

Com relação à situação epidemiológica das arboviroses observa-se que no ano de 2020 foram notificados 836 casos de chikungunya e 2.201 casos de Dengue. Para o ano de 2021, até o dia 12 de maio, o município registrou 419 casos de chikungunya e 692 casos de dengue. Comportamento endêmico esperado. Nesse contexto, destaca-se o bairro da Charnequinha, com um aumento expressivo de casos notificados de chikungunya, de 55 em 2020 para 179 casos nos cinco primeiros meses de 2021, e de Dengue, 101 contra 266 na mesma comparação de períodos.

O município também vem apresentando índices preocupantes de presença do Aedes Aegypti nas residências. Segundo o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes Aegypti (LIRAa), os imóveis do Cabo de Santo Agostinho vêm apresentando um percentual crescente de presença do mosquito, chegando a 4,1% das casas pesquisadas com a presença de larvas do inseto vetor. Em relação aos reservatórios dentro das residências, esse índice sobe para 5,2% registrados no último levantamento amostral. Esses percentuais apontam para um risco de epidemia. O nível satisfatório e tolerável para  esse parâmetro é de 1%.

Fabianna Marjorie é  coordenadora técnica de Controle Vetorial das Arboviroses da UVZ, órgão ligado à Gerência de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde. Ela explica qual o objetivo da pasta neste trabalho de porta em porta. “Estamos fazendo a inspeção dos imóveis procedendo ao tratamento mecânico de remoção dos focos ou químico, caso seja necessário, em reservatórios com água acumulada nas casas. O ideal seria que a cada dois meses os nossos agentes retornassem aos imóveis, por isso orientamos durante as visitas sobre os pontos críticos das casas. A inspeção realizada pelo proprietário deve ser semanal, pelo menos. As pessoas têm que olhar calhas obstruídas com folhas ou sujidades, dar o tratamento adequado de piscinas e  ralos e manter reservatórios de armazenamento de água bem vedados.”

A coordenadora salienta que o inverno é propício para a proliferação do mosquito causador da dengue, já que as chuvas aumentam o empoçamento de água, onde o inseto deposita seus ovos. “Queremos diminuir esses índices e sensibilizar a população. Medidas simples como fazer a inspeção semanal de caixas d’água, pote do motor da geladeira e vasos é importante. Não se pode deixar água parada mal vedada no interior do imóvel pois o mosquito vetor é criado no interior das residências. Eles são muito exigentes quanto a água limpa e ambientes com pouca luminosidade”, diz.

No caso das caixas d’água e cisternas é importante que o morador fique atento a rachaduras, pois qualquer espaço é suficiente para o mosquito passar e depositar seus ovos.  Fabianna diz também que o município fornece para a população capa de proteção de caixas d’água. O período de inspeção de uma semana é importante para quebrar o ciclo de vida do Aedes aegypti, que leva de oito a 12 dias para se proliferar, do ovo depositado, sua eclosão em larvas e seu desenvolvimento à fase adulta.

A equipe de Vigilância Ambiental do município também recebe denúncias de moradores que verificam situações que podem favorecer a proliferação do mosquito. Os telefones são (81) 3542.9030 e o (81) 9159.1148.

Veja como evitar a proliferação do Aedes Aegypti:

  • Redobre a atenção para os locais ideais para o amadurecimento dos ovos e larvas que acumulam água como: ralos, depósitos de água, calhas, pneus, garrafas, algumas plantas e os pratinhos de seus jarros, copos descartáveis, garrafas pet, cascas de ovos, baldes e até mesmo entulhos em quintais. 
  • Elimine a água acumulada das lajes e calhas
  • Mantenha sempre limpa as piscinas

Fotos: Mariangela Viana / PMCSA

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