Entenda o Caso do Menino Miguel: poder, negligência e tragédia!

Entenda o Caso do Menino Miguel: poder, negligência e tragédia!

Uma tragédia, fruto de uma negligência, entristeceu todo o país e causou indignação. Um menino de 5 anos, chamado Miguel, morreu após cair do 9° andar de uma das “torres gêmeas” do bairro de São José.

Miguel era filho da empregada doméstica Mirtes Renata de Souza, que trabalhava na casa de Sari Corte Real e Sérgio Hacker (PSB), que é prefeito de Tamandaré.

Fode de Miguel. Fonte: divulgação.

A criança estava no apartamento porque não estava tendo aulas por conta da quarentena e brincava com a filha do casal no apartamento do quinto andar quando a mãe foi passear com o cachorro da patroa e não levou as crianças. O menino ficou aos cuidados da patroa, que fazia as unhas com sua manicure. Após um tempo, Miguel quis ir atrás da mãe e as imagens mostram Sari Corte Real deixando o menino de cinco anos dentro do elevador. Aparentemente, ela tentou apertar um andar alto, mas não pegou. Após isso, o menino apertou os botões e desceu no nono andar, onde entrou em uma área onde ficam os ares-condicionados, subiu na grade de proteção e acabou caindo do prédio.

Local que Miguel atravessou antes de cair do prédio. Fonte: divulgação.

Sari Corte Real foi presa em flagrante por homicídio culposo, que é quando o crime é praticado sem intenção, a polícia considerou que ela foi negligente. Após pagar uma fiança de 20 mil reais, ela foi solta, mas irá responder pelo caso em liberdade. Porém, caberá ao promotor de justiça responsável pelo caso pedir o indiciamento de Sari por crime culposo ou doloso.

Sari Corte Real e Sérgio Hacker Corte Real

A identidade de Sari permaneceu em sigilo, porém veio a público após ser revelada pela mãe de Miguel, que ficou indignada quando viu os vídeos em que a patroa coloca o menino no elevador.

A tragédia do menino revelou uma outra possível ilegalidade, o Prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker Corte Real (PSB), que é de um clã que controla três prefeituras na Mata Sul e é herdeiro político do ex-deputado Jorge Corte Real, contratou a sua empregada doméstica como servidora da Prefeitura de Tamandaré no dia 1° de fevereiro. Ela ocupa o cargo comissionado de Gerente de Divisão CC6, e recebia uma remuneração de R$ 1.517,57 até março de 2020, que passou a R$ 1.093,62 após a quarentena. O caso está sendo investigado pelo Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), que também vai investigar a situação de outros servidores.

A mãe de Miguel ocupa cargo comissionado na Prefeitura de Tamandaré.

A morte do menino Miguel foi alvo de uma manifestação pacífica, nesta sexta-feira (05), na frente do prédio em que o caso aconteceu. Os manifestantes pediram “Justiça Para Miguel”. Apesar de todo tipo de manifestação ou aglomeração estar proibido em todo o estado de Pernambuco, não houve nenhuma atuação do Governo de Pernambuco no sentido de coibir o ato.

Manifestação por justiça. Fonte: divulgação.

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