O surgimento de escândalos relacionados às campanhas de ambos os candidatos esquentaram a disputa pelo Recife no segundo turno.
Curiosamente, o deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) conseguiu se envolver com escândalos que prejudicam tanto a campanha de João Campos (PSB) como a de Marília Arraes (PT), mesmo que ele próprio não tenha feito nada de errado, o que é importante ressaltar.
No sábado (21), Túlio Gadêlha declarou apoio à campanha de Marília Arraes, contrariando o seu partido, que apoia João Campos. Já no dia seguinte (22), Túlio acusou a campanha do PSB de ter procurado o seu chefe de gabinete para comprar o seu silêncio. Isso fez com que o chefe de gabinete, Rafael Bezerra, pedisse demissão e acusasse o deputado de estar mentindo. Toda essa confusão feriu a imagem de João Campos.
Porém, na segunda-feira (23), a revista Veja divulgou um áudio em que Túlio Gadêlha narrava uma conversa que teve com Marília Arraes em que a deputada e atual candidata afirmava para ele que ele precisava fazer um esquema de rachadinha em seu gabinete para financiar a sua eventual campanha, que era algo que todos fazem.
A divulgação desse áudio foi agravada pelo fato de Marília Arraes já ter sido alvo de investigação pelo Ministério Público por supostamente ter mantido esquema de rachadinha em seu gabinete de vereadora, o que não pode ser provado. Além disso, ela é alvo de ação que investiga a contratação de quatro assessoras fantasmas em seu gabinete de vereadora.
Isso fez com que a disputa permanecesse equilibrada, tendo em vista que as gestões do PSB ficaram marcadas por visitas da Polícia Federal à Prefeitura do Recife e ao Palácio do Campo das Princesas. Resta agora ao eleitor decidir qual dos dois primos irá ficar com a Prefeitura do Recife pelos próximos quatro anos.
Fotos: Agência Câmara.
