Greve dos policiais civis de Pernambuco volta a repercutir na Alepe

Greve dos policiais civis de Pernambuco volta a repercutir na Alepe

A paralisação dos policiais civis de Pernambuco voltou a repercutir na Reunião Plenária da Alepe. A categoria recusou, na segunda (14), a proposta de 20% de aumento salarial feita pelo Governo do Estado. Nesta quarta (16), os deputados Erick Lessa (PP) e Antônio Moraes (PP) colocaram-se à disposição para auxiliar nas negociações. Já o deputado Joel da Harpa (PP) incorporou pleitos dos servidores militares no debate.

Erick Lessa considera justa a reivindicação dos policiais civis por melhores salários, salientando que Pernambuco registrou, em 2021, a menor taxa de homicídios em oito anos. Ele reconheceu que o Poder Executivo “tem feito acenos importantes num tempo de crise” e ofereceu-se a ajudar na busca por entendimento entre as partes.

“Agentes, escrivães e comissários não têm salários condizentes com o compromisso, a abnegação e a dedicação que apresentam. Coloco-me à disposição para tentarmos encontrar um denominador comum que encerre o movimento paredista de forma amigável e dialogada”, observou.

O parlamentar defendeu melhorias na estrutura física das delegacias, especialmente no Interior. Alertou, ainda, para o risco de criminosos aproveitarem-se da descontinuidade nos serviços da Polícia Civil em razão da greve.

Militares

Joel da Harpa também creditou os resultados positivos do programa de segurança pública Pacto pela Vida à atuação das forças policiais. O deputado do PP afirmou que o percentual de reajuste oferecido pelo Governo Estadual “está muito aquém do que a categoria dos agentes civis esperava e merece”.

Ele informou que os policiais militares (PMs) também estão mobilizados por aumento salarial. “Há sinalizações do Executivo de que dará 20% de reajuste do soldado ao primeiro-tenente. Como as perdas chegam a 19% nos cinco anos sem reposição, o ganho, na prática, será de apenas 1%”, argumentou.

Para os PMs e bombeiros, o parlamentar defendeu um reajuste mínimo de 35% e o fim da divisão de cada patente em faixas salariais, de modo a igualar os vencimentos dos servidores ativos e inativos ao teto de cada posto. “São profissionais que dedicam a vida à sociedade, e não pararam no contexto da pandemia. Vários morreram de Covid-19 porque tiveram que estar nas ruas.”

Diálogo

Por sua vez, Antônio Moraes pediu que o Estado dê continuidade às negociações com os agentes de segurança pública. “Nosso apelo é para que, dentro do que o Governo pode pagar, busque-se ao máximo um consenso, de modo que as categorias sintam-se contempladas. Estou disponível para ajudar”, pontuou.

No mesmo sentido, o deputado João Paulo (PCdoB) reforçou a necessidade de “um bom entendimento” entre gestão, servidores, sindicatos e centrais. Já o presidente da Alepe, deputado Eriberto Medeiros (PP), frisou que quase 20% dos parlamentares da Casa são oriundos das forças policiais. “Diante dessa representatividade, todos nós estamos prontos para contribuir em busca de novos avanços e conquistas para a categoria.”

Foto: Divulgação/Sinpol

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