O ministro Kassio Nunes Marques votou a favor de Lula no primeiro processo em que participa envolvendo o petista. Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o STF, Nunes Marques rejeitou um pedido da PGR para que o depoimento de Antônio Palocci fosse mantido no processo e que fosse excluído apenas o trecho da sua delação premiada.
Na ação em questão, Lula está sendo acusado de receber propina da Odebrecht, pagamento que seria realizado através da transferência de um imóvel que comportaria o Instituto Lula.
No depoimento que o ministro Kassio Nunes mandou remover do processo, Palocci, que foi ministro da Fazenda de Lula, disse que as campanhas políticas do PT custaram a soma de R$ 1,4 bilhão entre os anos de 2010 e 2014. O voto de Nunes Marques se soma ao de Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes para formar maioria a favor de Lula na 2° turma do STF. Já ministro Edson Fachin votou contra e o mesmo é esperado da ministra Cármen Lúcia, mas serão votos vencidos.
Quando seu nome foi anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro para compor uma cadeira no STF, Nunes Marques sofreu grande resistência dos eleitores e movimentos conservadores, que esperavam um nome mais conservador para equilibrar a corte. Porém, a direita não foi ouvida e Bolsonaro indicou Nunes Marques antes mesmo de o ministro anterior ter renunciado.
Aos poucos, o ministro mostra que os conservadores estavam certos, pois já votou a favor da reeleição na Câmara e no Senado, em desconformidade com a Constituição, e está impondo derrotas à Lava-jato.
Foto: STF.
