“Mais uma vez, vendemos confusão, anarquia e baderna”, lamentou Antonio Coelho diante das cenas de violência após show de João Gomes

“Mais uma vez, vendemos confusão, anarquia e baderna”, lamentou Antonio Coelho diante das cenas de violência após show de João Gomes

O deputado estadual Antonio Coelho lamentou que a grandiosidade do show de João Gomes, na última quarta-feira (17), tenha se transformado em um grande constrangimento para o Recife diante das cenas de confusão, brigas, arrastão e até tiros escancaradas para todo o Brasil. A omissão e a incompetência da Prefeitura e do governo do estado, segundo o parlamentar, foram responsáveis por converter um grande evento, que deveria ter sido uma vitrine para o Recife, em uma vergonhosa exposição das deficiências da capital e do estado.

“É preciso reconhecer a importante iniciativa do cantor João Gomes em optar por gravar seu DVD no Marco Zero. Temos que celebrar iniciativas que valorizem o nosso Recife, particularmente o centro, mas, infelizmente, o que a gente foi vender não tem nada a ver com a beleza do show e da nossa cidade; na verdade, mais uma vez, vendemos confusão, anarquia e baderna”, criticou o líder da oposição na Assembleia Legislativa, assinalando que todo esse vexame é reflexo da falta de organização do Governo do Estado e da ausência de preocupação com o reforço policial a fim de garantir a segurança para que os pernambucanos pudessem curtir o show com tranquilidade.

Antonio Coelho também contestou as declarações das autoridades de que o show não teve custo nem para a prefeitura do Recife nem para o estado. “Acho que deveriam perguntar isso para aquelas pessoas que foram assaltadas, agredidas, que tiveram seus celulares e carteiras roubadas”, ironizou o parlamentar. “E o que dizer dos quase 70 ônibus que foram depredados antes e depois da festa”, alfinetou, sublinhando, em seguida, que a sociedade é quem, mais uma vez, vai pagar essa alta conta fruto da incompetência dos gestores municipal e estadual.

As deficiências e as falhas graves na política pública de segurança do estado foram apontadas pelo deputado como a principal fonte da total insegurança que tomou conta de Pernambuco. Como exemplo, ele citou a falta de prestígio da Polícia Militar durante as gestões do governador Paulo Câmara, a estagnação do orçamento da segurança pública e o grave déficit no efetivo de PMs no estado. Antonio Coelho criticou, ainda, a desvalorização da guarda civil municipal do Recife, que não pôde ser armada por questões ideológicas, num contraponto muito forte com a realidade de Petrolina, onde foi realizada uma modernização da corporação municipal.

“São elementos que têm repercutido fortemente no péssimo desempenho da segurança pública em todo o nosso estado”, pontuou. O abandono do Centro do Recife ao longo dos últimos anos também foi apontado como importante contribuinte para o aumento da violência naquela área.

Foto: divulgação.

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