Em entrevista coletiva ao lado da sua vice, Priscila Krause, e do ex-senador, Armando Monteiro, do PTB, o candidato a prefeito Mendonça Filho, avaliou o desempenho do Democratas nas eleições municipais no país, em Pernambuco e no Recife. “Com o voto e o respaldo de 25% do eleitor recifense, continuamos na resistência ao projeto de poder do condomínio PSB/PT, que abandonou o Recife e transformou nossa cidade na capital da desigualdade social, da corrupção e da má gestão”, afirmou, anunciando que no segundo turno o Democratas não apoiará Marília Arraes (PT), nem João Campos (PSB). Mendonça disse que jamais vai se curvar e se submeter aos poderosos de plantão por boquinhas de poder. “Não apoiarei nenhum dos candidatos no segundo turno”, declarou.
O ex-senador Armando Monteiro afirmou que o resultado das eleições demonstra a solidez da oposição à esquerda e que toda a coligação se sentiu bem representada. “Do ponto de vista eleitoral, tivemos um resultado adverso, mas tivemos uma vitória política expressiva. Sempre disse que essa não era a aliança do DEM, e sim a aliança do bem. Juntamos pessoas com uma vida limpa, de serviços prestados, e agora Mendonça assume uma condição de liderança ainda mais sólida no campo das oposições. Vamos levar este processo adiante de cabeça erguida”, completou.
Priscila Krause enalteceu mais uma vez a trajetória pública de Mendonça, destacou a importância do Democratas no campo das oposições e disse que o Recife reconheceu a proposta da coligação e de Mendonça como líder. “Cabe a nós, a partir desse enfrentamento, na oposição, sensibilizar e mostrar às pessoas que lutamos com armas diferentes, daquilo que denunciamos há anos. Seguimos firmes na continuidade desse processo de fiscalização, que segue independente do resultados, sob a liderança de um dos homens públicos de maior estatura e integridade, de razão e inspiração, que é Mendonça Filho”, pontuou.
Segundo Mendonça, o resultado da votação no primeiro turno, embora não tenha sido o suficiente para levá-lo ao segundo, consolidou o Democratas em uma posição de força no campo das oposições no Recife e em Pernambuco e no Brasil, o partido cresceu conquistando novas prefeituras. No país, o partido foi o que teve o maior crescimento, passando de 268 para 458 prefeituras em importantes cidades. Em Pernambuco, o Democratas saiu de quatro para nove prefeitos eleitos em cidades como Belo Jardim e Bezerros. “O balanço é positivo, tendo em vista que vencemos em cidades importantes em nosso estado, como Bezerros e Belo Jardim, como no Brasil, casos de Curitiba, Florianópolis e Salvador”, avaliou.
Com relação ao resultado no Recife, afirmou que o projeto de resgate do Recife foi elaborado de maneira sólida buscando as melhores soluções para os problemas enfrentados na saúde, habitação, educação e segurança, entre outros setores. Mendonça lembrou que a sua votação foi expressiva, 200.551 votos, representando 25% dos votos válidos. “Apesar da divisão muito forte no campo da centro-direita, houve uma discussão sempre aberta em favor de uma unidade que não foi alcançada. A posição política do Recife foi de negação total ao que está ai. Mesmo com as alternativas postas de PT e PSB, elas não podem ser consideradas a vontade de maioria, pois as votações foram abaixo dos 30%”, pontuou.
Segundo Mendonça, a candidatura foi construída dentro da responsabilidade, mas infelizmente não foi suficiente.
“Apresentamos alternativas de impacto para resgatar o Recife, que agora é a capital mais desigual do Brasil, segundo o IBGE, como na saúde, na habitação, na redução dos impostos e taxas, na melhoria da educação que está estagnada”, afirmou, ressaltando que respeita a vontade do eleitor.
Foto: Pernambuco em Pauta.
