2020, definitivamente, não foi o ano do PT. Parafraseando Lula, “Nunca antes na História do Brasil” o Partido dos Trabalhadores havia ficado sem uma prefeitura de capital desde a sua fundação.
Neste ano, o PT havia chegado ao segundo turno no Recife (PE), com Marília Arraes, e em Vitória (ES), com João Coser. Porém, o partido não logrou êxito em nenhum dos dois municípios.
Em muitos municípios do país, o PT perdeu o protagonismo no campo da esquerda, sendo sobrepujado, principalmente, por candidatos do PDT, PSB e PSOL.
A bancarrota do PT começou a partir da reeleição da presidente Dilma, que afundou o país numa crise econômica. Após um ano e meio de um governo em crise, ela sofreu um Impeachment que abalou a imagem do partido em todo o país.
Os sucessivos escândalos de corrupção, que culminaram nas investigações da Operação Lava-jato e nas prisão do ex-presidente Lula, também foram marcantes para desgastar a imagem do partido.
Já em 2018, o PT foi derrotado por um ferrenho opositor, o presidente Jair Bolsonaro, o que ajudou a quebrar o mito da invencibilidade que havia surgido com a eleição de Lula em 2002.
Porém, apesar de a esquerda não estar passando por um bom momento, ela não pode ser subestimada. O PSOL conquistou sua primeira prefeitura de capital em Belém do Pará e o PDT, PSB e PCdoB tendem a ocupar muitos espaços do PT no campo da esquerda.
A esquerda não está morta e ainda respira em muitos rincões do país, mantendo bases que podem ser utilizadas para voltar ao poder em um momento de cansaço da direita. Cabe à direita não permitir que esse momento chegue.
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