Ordem para PM dispersar manifestação no Recife veio de cima, diz Feitosa

Ordem para PM dispersar manifestação no Recife veio de cima, diz Feitosa

O deputado Alberto Feitosa defendeu a ação da Polícia Militar na dispersão da manifestação contrária a Bolsonaro no último sábado (29). Segundo o deputado, a atuação da PM teve o objetivo de impedir infrações ao decreto estadual que proíbe aglomerações. “O ato descumpriu o acordo que previa o encerramento aos pés da Ponte Duarte Coelho. Quando os participantes avançaram em direção à Praça do Diário, o Batalhão de Choque recebeu ordens para fazer a dispersão”, narrou.

Além disso, segundo o parlamentar, a polícia teria sido atacada com pedras, o que gerou reação. “O Batalhão de Choque teve que revidar porque estava ali para evitar que patrimônio público fosse depredado”, opinou. “Se houve excesso por parte dos policiais, é preciso dar o direito de defesa e aplicar o regulamento, entendendo a situação do servidor público.” Ele propôs novas regras para essa unidade policial, com ordens por escrito, a partir do Governo Estadual.

Esclarecendo que o papel do Batalhão de Polícia de Choque é de policiamento ostensivo e que essa tropa é, historicamente, convocada para resolver situações de conflito, Feitosa alertou para a importância do Governador, que já está em seu segundo mandato, entender o papel de cada unidade sob o seu comando. “É difícil acreditar que o comandante chefe da Polícia Militar de Pernambuco, o Governador Paulo Câmara, não tivesse conhecimento da operação”, disse o Deputado que, foi Capitão do BPCHOQUE e serviu por mais de 25 anos na PMPE.

“Colegas do alto comando da PM revelaram que o então comandante Vanildo Maranhão, ao receber a determinação, disse que não daria certo”, contou Feitosa. “Então, com certeza, quem falou estava acima dele.”

O Deputado Estadual também avaliou que o Governo de Pernambuco errou ao receber a vereadora pelo Recife Liana Cirne, que tentou impedir que uma viatura da polícia levasse um manifestante preso. Para Feitosa, a atitude da vereadora foi uma tentativa clara de tentar desmoralizar a Polícia Militar. “Há muito tempo eu não via uma pessoa pública dando uma carteirada”, afirmou.

Para Alberto Feitosa, as atitudes do Governo de Pernambuco desautorizaram totalmente a Polícia Militar e colocam a segurança da população pernambucana em risco. “No próximo dia 19 foi convocada uma nova manifestação, como fica a cabeça do soldado que foi desautorizado pelo seu Governador que, ao invés de receber o comandante geral, o demitiu?”.

Foto: reprodução/Facebook.

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