O Datafolha divulgou hoje a última pesquisa realizada nesta eleição para a Prefeitura do Recife. A pesquisa mostrou que Mendonça e Marília Arraes continuam crescendo, enquanto Patrícia parou de cair e João Campos perdeu alguns pontos percentuais.
O fato da Delegada Patrícia não ter crescido tanto quanto esperava após o apoio do Governo Federal se deve a fatores que já são do conhecimento de todos. Patrícia tem uma postura de centro e às vezes de centro-esquerda, assim como o seu aliado Daniel Coelho, e já rejeitou o apoio de Bolsonaro e dos seus eleitores no passado.
Além disso, o apoio intempestivo, contraditório e enviesado não foi bem compreendido pelos eleitores e não teve o suporte dos movimentos de direita de Pernambuco, que não deixaram de apoiar Mendonça e Feitosa.
Isso acendeu um alerta nos apoiadores mais atentos e formadores de opinião, que já viram o presidente ser traído muitas vezes por quadros que se aproximaram dele mas que não tinham um histórico coerente de direita.
Já Mendonça conseguiu segurar seus apoiadores de direita, que tendem a ser mais mais maduros, enquanto avançou pelas camadas mais populares do Recife, convertendo um eleitorado que tradicionalmente votou na esquerda nas últimas décadas.
O eleitor de direita mais atento compreende que Patrícia Domingos não é uma candidata conservadora, que só chegou ao presidente por articulação pessoal de Gilson Machado, e que a alta rejeição da delegada a torna alvo fácil para que se torne uma derrota certa caso vá para o segundo turno.
Porém, a estratégia lançada por Patrícia, que só aceitou o apoio do Governo ao se ver em desespero ao cair nas pesquisas, pode trazer um risco para toda a oposição caso Mendonça não cresça o suficiente para tirar Marília Arraes do segundo turno.
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