Nascido do Recife, Daniel Coelho é formado em Administração pela UPE e tem mestrado na Universidade de Bournemouth, na Inglaterra. Atualmente, é Deputado Federal e pré-candidato a Prefeito do Recife.
Mesmo sendo filho do ex-deputado João Ramos Coelho, Daniel Coelho conseguiu iniciar sua trajetória política com uma imagem de jovialidade e renovação.
No começo da sua atuação, Daniel Coelho esteve muito ligado à causa ecológica, que estava em evidência na época. Por conta disso, filiou-se ao Partido Verde (PV) em 2003.
Em 2004, disputou o seu primeiro mandato eletivo para vereador do Recife, tendo como principal pauta o ambientalismo, que lhe rendeu a cor verde do PV que carrega até hoje.
Em 2008, foi reeleito para vereador do Recife. Sua passagem pela casa José Mariano teve destaque, tendo em vista que ele manteve uma atuação independente e procurou passar a imagem de combate à corrupção.
Essa atuação o levou a ser eleito Deputado Estadual em 2010. Porém, após o PV adentrar na base do Governo de Eduardo Campos, Daniel Coelho saiu do partido e se filiou ao PSDB em 2011. Porém, manteve a cor verde do PV nas suas campanhas, inclusive nas roupas que vestia.
Em 2012, Daniel Coelho disputou pela primeira vez o mandato de Prefeito do Recife, tendo surpreendido por ter ficado em segundo lugar no pleito em que Geraldo Julio venceu no primeiro turno.
Em 2013, o TJPE instaurou ação penal contra Daniel Coelho por desvio de verba quando ainda era vereador do Recife no que ficou conhecido como “O escândalo das notas frias”. Ele veio a ser absolvido em 2014.
Já em 2014, no auge da sua carreira política até agora, Daniel Coelho foi eleito Deputado Federal com a sexta maior votação de Pernambuco.
Em 2016, Daniel Coelho foi novamente candidato a prefeito do Recife. Porém, o seu desempenho mostrou que a sua imagem estava começando a ficar enfraquecida em relação à força que havia mostrado na primeira disputa e Daniel terminou o pleito em terceiro lugar.
Em 2017, Daniel teve uma desavença com o presidente estadual do PSDB, Bruno Araújo, pois não conseguiu ser tesoureiro do diretório estadual do partido. Esse desentendimento público o levou a um racha dentro do partido.
Em março de 2018, Daniel Coelho deixou o PSDB e passou a integrar o PPS, antigo Partido Comunista – PCB, em Pernambuco. Sua estadia no partido pós-comunista, em um primeiro momento, não foi tranquila, tendo em vista que teve que brigar com o antigo presidente pela presidência da sigla. No mesmo ano, já com o comando do partido, Daniel Coelho foi eleito Deputado Federal, mas com uma votação menor do que a que havia atingido em 2014.
Em 2019, foi feita uma denúncia anônima contra ele pela possível pratica de “rachadinha”. O STF encaminhou a denúncia ao MPF para que fosse dado parecer. Os indícios foram apontados pela Polícia Federal, que suspeitou que a prática já vinha correndo desde 2011. Daniel afirmou na época que foi enganado por um assessor que havia abandonado o trabalho durante as férias. De acordo com a assessoria do deputado Daniel Coelho, a denúncia anônima foi arquivada no STF por falta de provas.
Em 2020, o partido politico que Daniel faz parte, o Cidadania, passou a integrar um bloco com o PDT, PSB, REDE e PV chamado “Janelas pela Democracia – Impeachment Já”, que pede o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
Daniel Coelho disputa com Mendonça Filho o favoritismo para ser o candidato que poderá unir as pré-candidaturas de oposição na disputa pela Prefeitura do Recife.
Daniel Coelho esteve a maior parte da sua carreira no âmbito da centro-esquerda, tendo, inclusive, participado de paradas gays em apoio à causa. Além disso, em alguns posicionamentos políticos, Daniel Coelho costumou ficar em cima do muro.
Apesar de não ter apoiado a candidatura de Jair Bolsonaro a presidente em 2018, nos últimos anos, ele procurou angariar apoio também entre a Direita, tendo colocado, inclusive, um líder de um movimento de Direita em Pernambuco no seu gabinete.
Pontos Positivos
- Tem experiência eleitoral e já disputou eleições majoritárias.
- É conhecido pelo eleitorado recifense.
- Tem bom desempenho entre a classe média alta.
Pontos Negativos
- Não apoiou Bolsonaro em 2018 e seu partido pede o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
- Apoia causas progressistas como o movimento LGBT.
- Uma denúncia anônima da prática de “rachadinha” foi feita contra ele. Após o STF encaminhar a denúncia ao MPF, ela foi arquivada por falta de provas.
