Marília Valença Rocha Arraes de Alencar é deputada federal, formada em Direito pela UFPE e pré-candidata a prefeita do Recife pelo Partido dos Trabalhadores-PT.
Marília Arraes é neta do ex-governador Miguel Arraes e prima do ex-governador Eduardo Campos.
Iniciou sua militância no PSB enquanto ainda estava na faculdade, tendo se filiado em 2005. Entre 2007 e 2008, ocupou o cargo de secretária de Juventude e Emprego do Governo de Pernambuco na gestão de Eduardo Campos.
Em 2008, venceu a primeira eleição para vereadora do Recife, com apenas 24 anos, tendo alcançado nesse ano 9.533 votos.
Tendo exercido um mandato relativamente apagado em relação a outros nome, ela se reelegeu em 2012 com uma votação menor, 8.841 votos. Após isso, assumiu o cargo de secretária de Juventude e Qualificação Profissional da Prefeitura do Recife.
Em 2014, Marília Arraes deixou a secretaria e voltou à Câmara do Recife para tentar disputar um mandato de deputada federal, mas teve seus planos frustrados por Eduardo Campos, que lhe negou a legenda.
Naquele ano, Eduardo Campos pretendia disputar a eleição de Presidente da República contra o PT e, por isso, aliou-se a setores de centro e centro-direita em Pernambuco.
Inconformada com o espaço que lhe foi negado, Marília Arraes rompeu com o primo Eduardo Campos e anunciou apoio a Dilma para a Presidência da República. Esse foi o primeiro passo que ela tomou em direção ao PT.
Marília passou a ser oposição ao PSB a partir de 2014 e, em 2016, desfiliou-se do partido e foi para o PT. Na sua terceira disputa à Casa de José Mariano, já como petista, Marília Arraes foi reeleita com 11.872, mostrando que sua ida ao PT e oposição ao PSB lhe rendeu frutos, já que teve uma votação maior.
Com seu nome em ascensão, Marília Arraes tentou ser candidata a governadora de Pernambuco em 2018. Apesar de o seu nome aparecer em primeiro em algumas pesquisas, a legenda lhe foi negada, tendo em vista que o PT queria garantir o apoio do PSB para a disputa pela Presidência da República e isolar Ciro Gomes.
Pouco antes da eleição de 2018, Marília Arraes foi indiciada pela Polícia Civil de Pernambuco pelo crime de peculato por manter funcionários fantasmas, fato que ela negou. Em 2019, a denúncia foi arquivada pela Justiça de Pernambuco.
Impossibilitada de ser candidata a governadora, ela disputou finalmente o cargo de deputada federal em 2018, desejo que nutria desde 2014, e foi eleita com 193.108 votos.
Em 2020, Marília Arraes pretende disputar o cargo de prefeita do Recife. Tudo indica que o PT vai apoiar a candidatura de Marília Arraes e lhe concederá a legenda, tendo em vista decisão da direção nacional do partido. Já a direção municipal, com apoio de Humberto Costa (PT), que são aliados do PSB, tentam barrar novamente sua candidatura.
Marília Arraes é a candidata de Lula no Recife e sua eleição representaria uma guinada ainda mais à esquerda na Prefeitura do Recife.
Ao mesmo tempo, a candidatura de Marília Arraes, somada à candidatura de Túlio Gadêlha pelo PDT, que ainda não está confirmada, enfraquece a candidatura de João Campos (PSB), tendo em vista que divide o campo da esquerda e força um segundo turno. Nesse sentido, sua candidatura é benéfica também para a oposição de direita, mas apenas em um cenário em que ela não chegue ao segundo turno contra João Campos.
Pontos Positivos:
- Enfraquece a candidatura de João Campos.
- Divide os votos da esquerda no primeiro turno.
- Garante que haja um segundo turno na eleição para prefeito do Recife em 2020.
Pontos Negativos:
- É a candidata de Lula no Recife.
- Representa uma guinada ainda mais à esquerda na Prefeitura do Recife.
- Pode deixar a oposição de direita fora do segundo turno.
