PM agiu para dispersar manifestação ilegal no Recife, diz Renato Antunes

PM agiu para dispersar manifestação ilegal no Recife, diz Renato Antunes

Ao comentar as agressões policiais ocorridas durante protesto realizado no último sábado (29), o vereador Renato Antunes (PSC) disse que os homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Pernambuco agiram para dispersar uma “manifestação ilegal”. Em seu entendimento, os policiais estavam fazendo valer “um decreto do governador Paulo Câmara e uma determinação do Ministério Público, que determinavam as medidas restritivas para a população, para evitar as aglomerações sociais”.

As opiniões do vereador foram apresentadas na reunião Ordinária realizada por videoconferência, pela Câmara Municipal do Recife, nesta terça-feira (1º). Renato Antunes acrescentou que as manifestações que pediram o impeachment do presidente da República foram uma “hipocrisia”, porque, na sua opinião, os manifestantes são as mesmas pessoas que criticavam as medidas de flexibilização social e “defendiam que as pessoas ficassem em casa até para morrer de fome”.

De acordo com o vereador, que disse já ter sido militar por vários anos, os policiais não podem ter saído dos quartéis para fazer a operação do último sábado sem o conhecimento dos seus superiores imediatos. “Quem já foi militar sabe que uma instituição como a Polícia Militar se baseia em dois princípios básicos como a hierarquia e a disciplina. São duas colunas que mantêm o militar. Portanto, não há possibilidade de o comando da Secretaria de Defesa Social (SDS)  não saber que eles estavam ali. A mesma coisa eu digo em relação ao governador Paulo Câmara”.

Renato Antunes acrescentou que os excessos devem ser apurados e penalizados, “mas não podemos correr no risco de criminalizar uma instituição séria e centenária como a Polícia Militar de Pernambuco”. Para ele, o povo que foi para a rua é o culpado das ocorrências, mas lamentou que “cidadãos de bem, que nada tinham a ver com aquela hipocrisia, tenham perdido a visão”. Ele acha que a multidão deveria ter sido dispersada sem as agressões, mas também analisou que foi “quase impossível não ocorrer tudo aquilo porque o clima era de guerra”. 

Foto: Câmara do Recife.

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