Ponte Monteiro-Iputinga: Câmara do Recife debate desapropriações em audiência pública

Ponte Monteiro-Iputinga: Câmara do Recife debate desapropriações em audiência pública

A Câmara de Vereadores do Recife realiza na próxima segunda-feira (25), a partir das 16h30, audiência pública para debater o destino de mais de cinquenta famílias que estão sendo obrigadas a deixar suas casas por conta da construção da Ponte Engenheiro Jaime Gusmão, que vai ligar os bairros do Monteiro e Iputinga. O projeto já consumiu mais de R$ 22 milhões dos cofres públicos, estava paralisado desde 2014 e teve as obras retomadas pela Prefeitura do Recife (PCR) em setembro deste ano. O debate virtual será presidido pelo vereador Alcides Cardoso (DEM) com transmissão pelo Youtube da Câmara.

“A Prefeitura já anunciou que cinquenta e oito casas da Vila Esperança/Cabocó, que estão numa ZEIS protegida por lei, serão derrubadas por conta da obra. Estamos acompanhando essa questão junto à comunidade, que não pode ser prejudicada. Essas famílias, que vivem há anos no local, precisam receber indenizações justas e ter a garantia de uma moradia digna. É preciso que o processo respeite a lei e seja transparente”, destacou Alcides Cardoso.

Ainda de acordo com o vereador, as propostas iniciais de desapropriação informadas extraoficialmente aos moradores não contemplam a posse dos terrenos, mas apenas as benfeitorias, embora sendo uma ZEIS a posse esteja garantida à comunidade. Outra questão diz respeito à falta de planejamento da obra, que ainda não conta com o projeto executivo dos acessos. “Não se pode desapropriar enquanto não existe um projeto executivo que aponte o trilhado das vias que ligarão a ponte. Várias outras famílias tiveram que sair ainda em 2012, vivem de auxílio moradia, enquanto poderiam ter morado aqui esse tempo inteiro”, complementou.

Obra incompleta – A Prefeitura admitiu, durante primeira audiência pública sobre a ponte também presidida pelo vereador, no dia 30 de setembro, que as obras foram retomadas sem o projeto completo. A declaração foi dada pelo diretor de obras da URB, João Batista. Ao ser questionado sobre o acesso à ponte, ele disse na ocasião que a nova licitação contemplava “somente o tabuleiro (arco)”, sem incluir as rampas de subida e descida e a conexão viária para acessar as avenidas 17 de Agosto, de um lado, e Mauricio de Nassau, do outro”.

Foto: divulgação.

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