Não é de hoje que a possível candidatura de Marília Arraes (PT) tem causado dores de cabeça ao PSB em Pernambuco. Em 2018, por articulação do núcleo ligado a Humberto Costa (PT) junto ao PSB, Marília foi impedida de disputar a eleição para governadora de Pernambuco.
Marília Arraes teve que disputar a cadeira de deputada federal após ter sua candidatura rifada, e foi a segunda mais votada do estado, atrás apenas do seu parente João H. Campos (PSB). Porém, é notório que uma candidatura do PT com Marília à frente teria modificado radicalmente o resultado do primeiro turno em Pernambuco e forçado um segundo turno, tendo em vista que Paulo Câmara (PSB) se elegeu com 50,70% dos votos.
O Blog de Jamildo noticiou que o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, convocou uma reunião da Comissão Executiva Nacional do partido para esta quinta-feira (11) para discutir a eleição. Ele criticou uma orientação do PT para que o partido lance candidatos em todas as capitais, o quê, segundo ele, prejudica a aliança que os partidos de esquerda estão formando contra Bolsonaro. Mas há de se ressaltar que o PT não faz parte dessa aliança lançada entre o PSB, PDT, Rede e PV.
Se o resultado da Eleição de 2018 mostra que uma candidatura do PT teria forçado um segundo turno, o resultado da eleição do Recife para Prefeito em 2016 é mais sintomático, pois mostrou o cansaço da imagem do PSB na capital.
Uma candidatura de Marília Arraes a prefeita favorece tanto a oposição de direita como a de esquerda no pleito e só quem tem a perder é o PSB, já que força um segundo turno e divide os votos dos eleitores da esquerda na capital. Mas para que o resultado da eleição de 2016 não se repita, é necessário que a oposição de direita concorra unida para que consiga ficar à frente do PT e concorrer contra o PSB no segundo turno.
