“Recife vai deixar de ser a capital da corrupção para ser a capital da boa gestão”, diz Mendonça

“Recife vai deixar de ser a capital da corrupção para ser a capital da boa gestão”, diz Mendonça

O candidato a prefeito do Recife pela coligação “Recife Acima de Tudo” (DEM, PSDB, PTB e PL), Mendonça Filho (DEM), participou na manhã desta quinta-feira (1º) de uma sabatina na Rádio Jornal e afirmou que a capital pernambucana voltará a ser protagonista, deixando para trás a má gestão, a corrupção e o atraso. “A minha grande pauta, junto com Priscila Krause, é o Recife, com políticas públicas para transformar a vida do recifense que sofre todos os dias com o descaso das gestões do PSB. Recife vai deixar de ser a capital da corrupção, do desemprego, dos impostos, para ser a capital da boa gestão”, afirmou Mendonça. A declaração do democrata se referiu às seis operações da Polícia Federal na Prefeitura do Recife para apurar suspeita de corrupção com recursos da saúde para a Covid-19.

“A pandemia na capital foi uma demonstração clara do colapso no nosso sistema de saúde, com um índice de mortalidade atingindo o dobro de Salvador. Foi a comprovação de que a gestão desprezou o atendimento à saúde na pandemia”, pontuou. Mendonça criticou o fato de o Recife ter pouco mais 40% de acesso à coleta de esgoto. “O candidato do PSB votou contra o Marco do Saneamento, um horror. Na primeira gestão de Geraldo Júlio, ele prometeu 60% de saneamento básico e não cumpriu. Há várias comunidades morando em cima do esgoto. Em Nova descoberta, visitei locais em que ruas inteiras estavam com falta de água em plena pandemia. A Compesa tem que cumprir sua parte, se não fizer, faremos na prefeitura com parcerias”, destacou.

Sobre o transporte público, um dos principais gargalos da população, Mendonça Filho afirmou que vai concluir o projeto do BRT, desativado pela atual gestão, e rever a questão do Consórcio Grande Recife. “Vamos exigir a conclusão do BRT, acabar com essa vergonha do Governo do Estado, que já anunciou que não vai finalizar o projeto. Vou exigir as obrigações e, se não cumprir, cria-se outro consórcio. Isso envolve união, cidades da região metropolitana e a capital. Mas não vou abdicar da missão do Recife de ser líder nesse processo. Os governos do PSB são muito competentes nesse sentido de iludir a população”, declarou.

Ainda em relação ao transporte público, Mendonça destacou que o programa de navegabilidade do rio Capibaribe, cujo potencial de mobilidade é de 10 mil passageiros por dia, precisa e vai ser rediscutido. De acordo com o democrata, é possível reverter o prejuízo de mais de R$ 100 milhões, causado pela prefeitura com a paralisação do projeto, que pode beneficiar uma grande parcela da população e contribuir para a melhoria do trânsito na cidade. Ele também voltou a afirmar que vai acabar com a “indústria da multa”, investindo, entre outras ações, em educação no trânsito.

O democrata também ressaltou que vai investir de forma maciça na educação básica, que atualmente detém um dois piores índices do Brasil, ocupando a 21ª posição no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), uma demonstração da falta de prioridade da atual gestão. Além disso, Mendonça reforçou que vai elevar o número de creches na cidade, possibilitando mais vagas destinadas às crianças em idade escolar para que os pais possam trabalhar com tranquilidade e segurança.

“Ontem, durante uma agenda na comunidade de Roda de Fogo, ouvi muitas reclamações de falta de creches no Recife, que necessita de 10 mil novas vagas. Hoje, a capital tem seis mil vagas, bem abaixo da necessidade. Nós vamos trabalhar para atender essas e outras demandas da educação na nossa cidade. No MEC, cujo orçamento anual é de cerca de R$ 130 bilhões, mais de 30 vezes o da Prefeitura do Recife, deixei um legado na educação, reconhecido em todo o Brasil. É preciso ter vontade para fazer e nós vamos fazer as mudanças que a educação tanto necessita”, afirmou. “Depois da pandemia, a educação será híbrida, por isso também vamos investir em internet para as crianças vinculadas à rede municipal de ensino”, reforçou.

Na segurança pública, Mendonça voltou a afirmar que vai armar a Guarda Municipal do Recife, com treinamento e capacitação, para que a unidade de segurança possa defender o cidadão e o patrimônio público. Em relação à revitalização do Centro, ele destacou que já iniciou conversas com a direção do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) para transferir cursos superiores para o Centro do Recife, reocupando a localidade de forma ordenada e estimulando a redução de impostos. A ideia, inclusive, vai incentivar o empreendedorismo, tendo em vista que a atual gestão não aderiu à Medida Provisória do Governo Federal para fomentar o setor, elevando impostos, como o IPTU, o que não se reverte em retorno para a população.

Questionado sobre a aproximação com o Governo Federal, Mendonça afirmou que não vai participar do debate de oponentes que disputam o apoio e se declaram como representantes legítimos do presidente Jair Bolsonaro. Na sua análise, sua relação será a mesma quando foi ministro da Educação. “Qual prefeito de Pernambuco ou de qualquer partido foi discriminado na minha gestão no MEC? Nunca discriminei o governo de Pernambuco, pelo contrário, ajudei. Boa parte das escolas técnicas estaduais foi inaugurada na minha gestão. Quadras e escolas receberam muito apoio, aumento da merenda escolar em todo o estado. Não terei dificuldade com o governo, pois há temas com interesse comum. Teremos de interagir. É um erro básico imaginar que o Recife não pode pensar metropolitanamente. Recife não vai ficar uma cidade isolada, Recife tem de ser protagonista”, afirmou.

Mendonça Filho também declarou que não vai alimentar brigas do PSB com o presidente nem com os demais candidatos, que vai buscar apoio sempre. “O Recife não pode ficar brigando com o Governo Federal, minguando e afundando num mar de corrupção como é hoje”, reforçou. Mendonça voltou a defender o Auxílio Emergencial do Governo Federal durante a pandemia. “A população do Brasil e do Recife não morreu de fome graças ao Auxilio Emergencial, empresas não quebraram por conta da Medida Provisória que garantiu a manutenção de milhões de empregos”, completou.

Foto: Guga Matos.

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