O vereador Renato Antunes (PSC) repercutiu, em discurso proferido durante a reunião Ordinária remota desta segunda-feira (3), o encaminhamento de provas da Operação Apneia à CPI da covid-19 do Senado. A investigação apurou supostas irregularidades em contratos da Prefeitura de Recife na compra de 500 respiradores em 2020, no contexto do enfrentamento à pandemia. Na tribuna virtual da Câmara do Recife, Antunes disse que os responsáveis pela contratação teriam ciência de que os equipamentos não eram devidamente certificados. “Esperamos que, agora, a Polícia Federal cumpra o seu papel”.
O parlamentar iniciou seu pronunciamento fazendo uma reflexão sobre o papel fiscalizador do Poder Legislativo municipal. “Estamos enfrentando um vírus que, infelizmente, varreu o Brasil. Temos inimigos que tem que ser combatidos: o próprio vírus, o desemprego, mas, também, a corrupção. No Recife, esses três vetores foram cruéis com o povo recifense. No ano passado, o Recife foi uma das capitais que, proporcionalmente, mais gastou no Brasil durante a pandemia. Não há problema em gastar, mas em gastar mal”.
Em seu pronunciamento, Renato Antunes lembrou que seu mandato foi um dos críticos à contratação no ano passado. “Nesta tribuna [virtual], denunciei que a empresa Gilvanete Barreto Freire não tinha capacidade econômico-financeira para participar de uma contratação pública. Era um contrato de R$ 11 milhões”, afirmou, explicando que as suspeitas de irregularidade teriam sido corroboradas pelas provas da Operação Apneia. “O que se viu foi que eram respiradores testados apenas em porcos e que não tinham certificação da Anvisa. Para a nossa surpresa, tinha-se conhecimento daqueles que ordenaram a despesa que esses equipamentos não tinham certificado”.
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