O vereador Alcides Cardoso (DEM) e o vereador Dr. Tadeu (PODEMOS) protocolaram uma denúncia no Ministério Público contra a Prefeitura do Recife solicitando que o órgão apure o impedimento das suas prerrogativas de fiscalizar um órgão público do município.
O vereador Alcides Cardoso afirmou que foi impedido de entrar, na semana passada, no prédio da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), no bairro de Areias. “O objetivo era fiscalizar e averiguar a existência de estoque de equipamentos e insumos assistenciais, comprados pela Prefeitura do Recife, para combater a covid-19”, explicou, na reunião Ordinária virtual, da Câmara Municipal do Recife, realizada na manhã desta segunda-feira (12).
Ele disse que foi à empresa municipal acompanhado do também vereador, Tadeu Calheiros (Podemos) para cumprirem uma das funções inerentes ao papel do vereador, que é a de fiscalizar o Executivo. Segundo Alcides Cardoso, ele e Tadeu Calheiros estavam ali para conferir a existência de um estoque EPIs, medicamentos e materiais hospitalares descartáveis, além de camas e respiradores, decorrente do fechamento de dois hospitais de campanha da Prefeitura em 2020, nos Coelhos (fechado em agosto) e na Imbiribeira (fechado em setembro).
O vereador disse que, apesar de terem sido barrados, receberam o apoio imediato e irrestrito da Comissão Executiva da Câmara Municipal e fez questão de agradecer durante a reunião Ordinária. “Como vereador do Recife, tenho a garantia legal de visitar órgãos públicos e fiscalizar o dinheiro público, de que forma ele está sendo usado. Atitudes como essa, de impedir nossa entrada, nos levam a questionar a transparência das informações da PCR”, afirmou.
De acordo com o vereador, o que estava sendo fiscalizado eram dados da Prefeitura do Recife, obtidos pela deputada estadual, Priscila Krause (DEM), a lista de equipamentos e insumos estão em parte armazenados no prédio da Diretoria de Limpeza Urbana, em Areias.
“A deputada estadual Priscila Krause também foi impedida de entrar no almoxarifado da Secretaria de Saúde, na Guabiraba, e conferir a existência de estoque de mais de R$ 65,8 milhões em materiais hospitalares e medicamentos do kit de intubação”, disse Alcides Cardoso. “O relatório de transição a que ela teve acesso demonstrou o registro desse estoque no início da gestão do prefeito João Campos”, declarou Cardoso.
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