Sem o batalhão de candidatos a vereador para lhe dar suporte, João Campos (PSB) não vem apresentando um bom desempenho no segundo turno.
A campanha do candidato imaginou que os votos de Mendonça e da delegada migrariam naturalmente para ele no segundo turno, tendo em vista que está enfrentando o PT. Mas o povo de direita do Recife também não mostra empolgação com o PSB.
PT e PSB andaram juntos por muitos anos e tem muitos pontos de convergência. Além disso, o eleitor mostra cansaço com gestões do PSB, que costumam pesar a mão na hora de cobrar impostos do contribuinte e não entregam uma contrapartida satisfatória.
Além de tudo isso, a campanha de João Campos também é prejudicada pelo péssimo desempenho da gestão de Geraldo Julio (PSB) no Recife durante a pandemia, que ficou marcada por visitas da Polícia Federal à sede da Prefeitura e por um grande escândalo de corrupção conhecido como Covidão do Recife.
O candidato João Campos ensaiou uma aproximação à direita através dos segmentos evangélicos e católicos, mas isso esbarrou na resistência dos setores de esquerda que integram a sua campanha.
Já nas comunidades do Recife, que são muito numerosas, apesar de haver um certo equilíbrio, a balança do eleitor está pendendo para o lado de Marília Arraes (PT), que já é conhecida por ter uma boa desenvoltura nesse segmento.
A soma desses fatores mostra que Marília Arraes, além de estar à frente das pesquisas, está conseguindo dar o tom da campanha, explorando a inexperiência do seu adversário. Apenas um forte sentimento de anti-petismo pode virar o jogo, mas a direita está dividida e tem mostrado descontentamento com ambos os candidatos.
Foto: Agência Câmara.
