O doleiro Dario Messer afirmou em sua delação premiada, homologada na quarta-feira (12), que prestava serviços para a família Marinho, dona da Rede Globo.
Messer afirmou que enviava remessas de dólares à família Marinho de duas a três vezes por mês, com quantias que variavam entre 50.000 e 300.000 dólares. Os repasses aconteciam dentro da própria Rede Globo.
O delator afirmou ao Ministério Público que os repasses eram recebidos por um funcionário chamado José Aleixo e que tinham como beneficiários os irmãos Roberto Irineu (que é Presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo) e João Roberto Marinho (vice-presidente do Grupo Globo). Porém, o delator não apresentou provas e disse que nunca teve contato direto com os donos da Globo.
Em acordo com o Ministério Público, o doleiro Dario Messer se comprometeu a devolver R$ 1 bilhão aos cofres públicos por ter efetuado esquemas milionários de lavagem de dinheiro.
Em uma nota encaminhada à VEJA, a assessoria de Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho negou os fatos descritos por Messer: “A respeito de notícias divulgadas sobre a delação de Dario Messer, vimos esclarecer que Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho não têm nem nunca tiveram contas não declaradas às autoridades brasileiras no exterior. Da mesma maneira, nunca realizaram operações de câmbio não declaradas às autoridades”.