Inflação é um problema que atinge o mundo todo, não só o Brasil

Inflação é um problema que atinge o mundo todo, não só o Brasil

Economia em Pauta, com Victor Borba: Após sucessivos aumentos no nível geral de preços da economia global, gerada, em grande parte, pela diminuição da produção em função da pandemia, é esperado que muitos questionamentos surjam a respeito do retorno da forte inflação que atinge o Brasil.

Como de costume, o brasileiro médio tende a atirar no colo do governo federal a maior responsabilidade sobre as crises econômicas, entre elas, as crises inflacionárias, que corroem o poder de compra dos trabalhadores e contribuem para a imprevisibilidade dos retornos dos investimentos.

Mas, será mesmo que este é um problema unicamente brasileiro?

A esmagadora maioria das economias fechou 2021 com recordes de inflação, inclusive, os países mais desenvolvidos, outrora acostumados a cumprir suas metas inflacionárias, mantendo-se dentro de taxas próximas a 1% a.a.

A escassez de containers, atrelado ao fechamento de fábricas e comércios ao redor do mundo, colapsou a economia mundial. Países como Inglaterra e Estados Unidos sofreram e ainda sofrem com os altos preços, 5% (maior alta em 10 anos) e 7% (maior alta em 39 anos), respectivamente, e, pior, com o desabastecimento, problema este que, graças às ações adotadas pela equipe econômica do governo federal, não afligiu as famílias brasileiras.

A Venezuela, por exemplo, ostentou a marca de 686,4%, Argentina (50,9%), Irã (36%), Lituânia (10,6%), Rússia (8,4%), Uruguai (8%), México (7,3%), maior alta em 20 anos, Chile (7,2%), maior alta em 14 anos.

Neste contexto, o Brasil chegou à casa dos 10%, no entanto, as projeções da Trading Economics, para 2022, coletadas pela OCDE, já apontam uma redução violenta no aumento dos preços nacionais, prevendo, para o nosso país, a taxa de 5,1%, encostada no teto da meta, de 3,5%.

Foto: ABr.

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