Mendonça Filho quer convocar ministro de Minas e Energia e presidente da Petrobras para que expliquem ingerência política na estatal

Mendonça Filho quer convocar ministro de Minas e Energia e presidente da Petrobras para que expliquem ingerência política na estatal

O alerta em relação a politização na gestão da Petrobras foi aceso pelo Deputado Federal Mendonça Filho. O mercado reagiu instantaneamente a mudança da política de indicações de cargos da alta administração e conselhos da estatal, que passa a admitir indicações políticas. Por conta disso, o deputado federal, Mendonça Filho (UB/PE), apresentou nesta terça-feira (24/10), requerimento de convocação do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira e do presidente da Petrobras, Jean Paul Terra Prates, para prestar esclarecimentos sobre as alterações.

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Mendonça Filho ressalta valor da Petrobras

Em seu requerimento, o parlamentar fez questão de ressaltar a importância da Petrobras. Segundo ele, uma empresa que pertence ao povo do Brasil.

A Petrobras é um patrimônio do povo brasileiro e deve ser blindada de interferência na sua gestão. É lamentável que uma empresa de porte internacional, que deveria estar sendo preservada, passar por mais essa. A gente assiste ações que vão na contramão daquilo que deveria acontecer”, destacou Mendonça.

Mudanças nada bem vindas

O anúncio da mudança no Estatuto da Petrobras foi feito na segunda-feira (23/10) e este anúncio foi responsável por uma perda de valor da empresa superior a R$30 bilhões somente no dia do anúncio. O risco das indicações políticas faz os investidores rememorarem o estrago feito na empresa e na economia do País durante o chamado Petrolão, escândalo de corrupção que quase quebrou a Petrobras, quando o Brasil era governado pelo PT.

“Mais uma ação do governo do PT que vai na direção da interferência nas estatais. O mercado entende que a empresa vai perder qualidade na sua gestão sua administração vai enfatizar alinhamento político e não capacidade técnica e administrativa. Isso se traduz em prejuízo para a sociedade, menor lucro, pior resultado, menor possibilidade de ampliar produção e redução na geração de emprego e renda”, detalhou Mendonça Filho.

Ingerência política na estatal

Além da alteração da política de indicação, que vai possibilitar que pessoas do meio político ocupem cargos na empresa, foi criada também a reserva de remuneração de capital. Mendonça Filho reforça ainda que o mercado também reagiu negativamente por entender que esta reserva acerta em cheio os dividendos. Muitos investidores venderam ações por entender que a mudança afeta a política de distribuição de lucros.

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