O ex-ministro Mendonça Filho (DEM) concedeu mais de uma entrevista em que deixou claro que rejeita uma aproximação do PT com o bloco de oposição de centro-direita. As especulações começaram a surgir após o racha definitivo entre o PSB e o PT em Pernambuco, que foi fruto do embate virulento que os partidos tiveram no segundo turno no Recife.
Em entrevista ao Jornal do Commercio, Mendonça declarou “Eu sempre estive num palanque distinto do PT e contra o PSB. É onde vou me manter”. Sobre o racha entre o PT e o PSB, Mendonça afirmou: “Eu acredito que o PT estará na oposição, mas não do nosso lado. Isso porque o partido tem um projeto nacional capitaneado pelo ex-presidente Lula, que não deve ser candidato, mas certamente indicará algum nome como Haddad ou Boulos, numa possível aliança com o PSOL. Ou seja, isso não deve caber num palanque de centro-direita, como o que eu representei nas eleições deste ano”.
Já em entrevista à Folha de Pernambuco, Mendonça seguiu a mesma tônica: “A gente vai continuar na trincheira da Oposição, no campo da centro-direita, se contrapondo a esse plano hegemônico (do PSB). É lógico que não posso falar pelo projeto de Marília, no campo da esquerda, que agora tem uma visão com o PSB. E vamos aguardar os acontecimentos”, disse Mendonça quando questionado sobre os rumos que o PT irá tomar. “Sempre tive uma posição antagônica ao PT, e eu me abstive de votar no segundo turno, diferentemente de alguns segmentos”, afirmou Mendonça, ressaltando sua oposição ao PT e ao PSB.
Tendo recebido mais de 200 mil votos para prefeito do Recife em 2020 e tendo sido o candidato a senador mais bem votado da Região Metropolitana em 2018, Mendonça será um elemento central de união da oposição em 2022, podendo indicar Priscila Krause para compor a chapa majoritária.
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